The Witches Of New Orleans
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por The Voodoo Doll Qui Fev 11, 2016 11:52 am






The Fête de Jazz!


— Bienvenue à Fête de Cadeau et Festival de Jazz de Axeman ! — Aquele grito eclodiu na Academia de Miss Robichaux, dado por Marie Ann.

Todos os bruxos de Nova Orleans se reuniriam. Era uma ocasião especial para eles, a Fête de Cadeau. Para os humanos, aqueles que não acreditavam em bruxaria, que nada disso existia, era o Festival do Homem do Machado, e naquele dia, a cidade estava em festa, você acreditasse ou não em bruxas. Em 1919, o Homem do Machado, um dia antes do Fête de Cadeau escreveu uma carta para um jornal, planejando o assassinato de milhares, na noite seguinte, a não ser que as pessoas da cidade tocassem Jazz o mais alto que pudessem, esses seriam poupados. Para não arriscar, a cidade toda tocou o jazz. Em troca, ninguém morreu. Para algumas bruxas, essa foi a versão de: Um presente em troca de outro, o verdadeiro significado da Fête de Cadeau. O Homem do Machado não matou ninguém, enquanto ele conseguiu o maior festival da cidade em sua honra, por assim dizer. Naquele ano, o festival tinha sido adiado, pois no dia, a chuva impedira a realização no período habitual, que era em novembro.

Aquele era o terceiro ano da Fête de Cadeau de Elle, como suprema. Os bruxos de Nova Orleans, da Academia de Miss Robichaux e de Saint Harris, junto com os bruxos andarilhos estavam reunidos no Cemitério Lafayette, prestando as devidas homenagens, enquanto no French Quarter, humanos, caçadores, praticantes de Voodoo, aproveitavam o festival do Homem do Machado. No bairro francês o jazz inundava o ouvido de turistas que vinham do mundo todo aproveitarem o festival, assim como os habitantes da cidade, que festejavam. Quando a festa dos bruxos acabaram, todos foram para o French Quarter, onde aproveitariam o festival, na esperança de que nada desse errado aquele dia.
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Última edição por The Voodoo Doll em Qui Mar 10, 2016 5:06 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por  Qui Fev 11, 2016 3:19 pm


Bad Blood

LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET, CONSECTETUR ADIPISCING ELIT, SED DO EIUSMOD TEMPOR INCIDIDUNT UT LABORE ET DOLORE MAGNA ALIQUA


— Bienvenue à Fête de Cadeau et Festival de Jazz de Axeman ! —
Meu grito ecoou por todo o cemitério, dando início à festa do dia. A Fête de Cadeau, ou Festival do Homem do Machado para os humanos, era o evento mais esperado, tanto no mundo bruxo quanto no mundo humano. Jesse e Elle logo se reuniram a mim, num canto do salão da academia. A história daquele feriado era de fato bem estranha, porém misteriosa. Combinava com New Orleans. Eu estava tranquila, com minha taça de ponche de morango, quando de repente senti uma pontada aguda na cabeça, e um zunido forte e alto cobriu minha audição por completo.
- Não, mãe, eu gostaria muito de ir naquele brinquedo primeiro... - Uma garotinha de aproximadamente 7 anos se encontrava em minha frente, fazendo birra para ir em outro brinquedo além do planejado. - Amor, Lydia está fazendo birra de novo... você que sabe controlá-la... - Uma voz masculina disse, me virei para o lado. Era ele. Era aquele cara. O mesmo cara de sempre, mas agora na visão com uma criança. - Tudo bem só... vamos no que ela quer ir primeiro... - Falei bem confusa. Não sabia o que estava acontecendo ali, muito menos quem era aquela criança...
O barulho em minha audição havia parado, e a pontada em minha cabeça passado. Só senti que estava caída no chão, e Jesse e Elle ajoelhados diante a mim, preocupados comigo (?) - Eu to bem, to bem, só foi mais uma visão. - Disse, meio aflita.

baby now we got bad blood, we used to be mad love. all rights to Miss!


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Mensagem por Moon Sun Hee Qui Fev 11, 2016 9:23 pm

A bruxa estava entediada.  Ela acordou na manhã seguinte com sono, indo para seu quarto, onde tomou um banho quando foi ao banheiro e vestiu-se completamente de preto. Ela observou-se no espelho, terminando sua maquiagem e revirou os olhos ao lembrar-se que provavelmente confraternizaria com o supremo da Academia Saint Harris. Na primeira vez que conversaram, Elle quase o matou por sujar seu vestido Chanel. A mulher apenas suspirou cansada, indo enfim para o Cemitério Lafayette.

Quando chegaram ao Cemitério, assim que Elle viu o outro rapaz ali, fez um gesto com a mão, fazendo com que o mesmo tivesse dor de cabeças, e sorriu cínica antes de se afastar disse algo que a fez rir. — Isso é pelo o meu vestido, se não pedir desculpas, docinho, eu vou fazer pior. — Assim que se posicionou perto de um dos maiores mausoléus, presidiu os rituais tradicionais da Fête de Cadeau, sacrificando o que precisasse, queimando o que fosse preciso. Quando acabou os rituais tradicionais, aproximou-se de Marie Ann, que estava em um canto com um dos bruxos de Saint Harris. Moreno, bonitinho até, mas que certamente não fazia o tipo de Elle. — Ela está bem? — Perguntou ao rapaz que se aproximou. Ao ouvir a voz da jovem, suspirou aliviada, guiando as alunas de Miss Robichaux para o French Quarter.

Assim que chegaram ao bairro francês, a expressão de Elle passou a ser algo mais sereno e relaxado, enquanto se sentava em um café, depois de pedir um copo de chá. Quando fechou os olhos, sentiu vento bater em seus cabelos, abrindo um sorriso simples, enquanto abria os olhos observando o bairro e observava as alunas, para evitar que algo ali desse errado.






Última edição por Elle Sch. Châtellereaut em Sex Fev 12, 2016 10:47 am, editado 1 vez(es)
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Qui Fev 11, 2016 11:12 pm

Fête de Cadeau

c'mon, Chanel, it's a party

Christopher colocara seus óculos escuros, mesmo que não houvesse nenhum sol que atrapalhasse sua visão. Ouvia pouco das conversas do andar de baixo, mas, pela animação dos rapazes da Academia Saint Harris, sabia que a hora de seguir para o Cemitério Lafayette havia chegado. Abriu um sorriso em frente ao espelho do quarto e desceu as escadas correndo, gritando como um adolescente em sua primeira festa de fraternidade, sendo recebido com comemorações.

Os garotos saíram de forma desorganizada da casa, chamando a atenção de alguns que passavam na rua. O jazz tocava em alto e bom som por todos os lados, comemorando e seguindo o ritual anual do Fête de Cadeau, também trazendo um ar de festividade para toda a cidade. Os garotos contavam piadas — muitas delas sem nenhuma graça —, brincavam entre si e planejavam conquistar algumas das garotas da Academia de Miss Robichaux.

O silêncio só tomou conta do grupo quando adentraram o cemitério, onde, juntos, praticariam todas as homenagens, sacrifícios e rituais seriam indicados pelo bruxo que os comandava. Porém, antes de que Christopher pudesse dar as primeiras instruções para seus alunos e amigos, sentiu uma forte pontada em seu lobo frontal, causando grande incomodo. Passou a mão na testa rapidamente, procurando ao redor pela garota morena. Quando seus olhos se encontraram, ele não evitou um sorriso. Elle, a suprema que tanto o odiava. Viu a garota se afastar satisfeita com sua pequena punição. Não evitou observar seu corpo por alguns segundos, mas logo, com um movimento rápido de sua mão esquerda, fez com que os grandes saltos do sapato que utilizava se quebrassem, tendo como repercussão o riso abafado de alguns de seus alunos. Todos sabiam da grande rixa entre os dois supremos, mas também percebiam o grande interesse que Chris guardava sobre a garota. Não esperou uma resposta de Elle a agressão, logo seguindo para as tarefas que deveria cumprir antes de ir até o grande festival.



O French Quarter se encontrava lotado com todos os tipos de gente. Humanos fantasiados, praticantes de voodoo e outros incomuns indivíduos. Caminhava em passos rápidos por entre a multidão, sempre seguido pelos garotos, em direção a calçada — o local mais calmo.

— Vocês estão livres para se divertirem, mas não vão muito longe de meu olhar e nem pratiquem mágica, podem haver caçadores por aqui. — Ele sorriu de canto ao ver as garotas de Miss Robichaux adentrarem um café. — Eu estarei por perto se precisarem de mim.

Os garotos se dispersaram aos poucos, alguns sozinhos e outros em pequenos grupos. O supremo, que encontrava-se apenas com dois de seus alunos, que também eram seus melhores amigos, se dirigiu ao local onde estavam as bruxas. O café era pequeno, porém extremamente confortável e organizado. Parou logo após passar pela porta, encostando-se na cadeira logo em frente a Elle.

— Vamos lá, Chanel, é uma festa. — Ele riu, tirando seus óculos e os guardando, olhando descaradamente para o decote de uma das alunas da garota. — Você deveria aprender a se divertir um pouco mais, não ser tão...certa.

Esticou a mão para a jovem loira que antes encarava o corpo, puxando-a para perto. Passou a mão por sua cintura, beijando seu rosto de forma pouco carinhosa. Não sentia nenhum interesse real na menina, porém, a sensação de irritação que isso causaria em Elle o deixava feliz. O jazz, que ainda tocava para todos os lados, impulsionou seu corpo em um passo de dança, conduzindo a loira por alguns instantes antes de deixá-la voltar para seu lugar.


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Mensagem por Moon Sun Hee Qui Fev 11, 2016 11:56 pm

Enquanto Elle aproveitava seu silêncio e sua paz, tomando seu chá, ela ouviu a porta sendo aberta e um pequeno grupo entrar ali. Ela revirou os olhos mentalmente fazendo algumas contas sobre as despesas da academia para si mesma, um tanto que distraída. Bebeu outro gole de seu chá, quando viu o supremo da Academia Saint Harris sentado em sua frente. Ok, ela tinha de admitir. Era bonito, mas algumas vezes sabia muito bem como a irritar. Ela reprimiu um riso baixo, ao ouvir o rapaz. — Ah, Prada, você sabe como é a vida, uma porcaria, festas nem sempre me agradam. — A mulher não escondeu o cinismo, sorrindo por fim, tomando o ultimo gole de chá, ao perceber o olhar do ‘acompanhante’. Revirou os olhos e levou uma mão ao queixo do rapaz, o fazendo lhe olhar nos olhos. — Quando uma mulher bonita fala com você, por mais chata que ela seja, ou mais irritante, você a olha nos olhos, não para o decote de suas alunas, se for olhar, olhe para o da mulher a sua frente, mas seja discreto, por favor, é estranho reparar um olhar enorme sobre o decote. — O sorriso era agora debochado, enquanto pedia uma outra xícara de chá. — Eu sei me divertir, mon chére, mas eu tenho responsabilidades também, assim como você, e pelo o que eu sei, se eu não fosse assim, aposto que não estaria aqui. — A mesma riu baixo, pensando. Touché. Ela apenas continuou observando o café.

Quando Elle viu Christopher se levantar, a mesma arrumou-se na cadeira, para que pudesse observar melhor o que viria a seguir.  O observou puxar Valerie, uma de suas alunas, para uma pequena dança, e o ato que talvez, bom com certeza, lhe incomodou, foi o beijo no rosto. A mulher apenas suspirou fundo, observando o rapaz e pensando no que faria em seguida. Seu primeiro pensamento foi em sair dali. Pegar suas coisas, ir para casa, trancar-se em seu quarto e extravasar toda a raiva que sentia. Apenas abriu um sorriso com a cena. — Parabéns, Prada você sabe dançar e não pisou no pé dela! — Ela aplaudiu, então aproximou-se de um dos rapazes que tinha entrado com o bruxo. Era moreno. — Ei, dança comigo? — Elle exibia um sorriso doce, e estendia a mão. O rapaz ali sorriu concordando e levou Elle para a ‘pista de dança’, mas a mesma antes de prosseguir, piscou para Christopher que ela poderia jurar que estava com uma expressão surpresa e sussurrou. — Ah como eu adoro a vingança. — E seguiu o rapaz.

Elle deixou as mãos nos ombros do garoto, que tentava lhe guiar, enquanto dançavam. Ficaram ali por algum tempo dançando, até que Elle deu um selinho no rapaz, antes de se afastar e se aproximar de Christopher, com uma das mãos na cintura. — Foi divertido, agora, vamos parar de jogos, ser adultos, e resolver o que temos para resolver, ou vai fazer mais algum truque baixo, Prada? — A bruxa o encarou, enquanto tirava o casaco que usava, jogando na cadeira onde estava sentada, olhando para seu vestido, e os dois cortes retangulares que tinha ali, nos lados, voltando a olhar o bruxo. — O que você realmente quer comigo, querido? Tem prazer em me ver te odiando? Ou você quer outra coisa, mas acha que o único modo de ter minha atenção é me fazendo querer apertar seu pescoço, hm? — Elle apenas disse em uma voz calma, enquanto observava o bruxo com curiosidade.




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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Sex Fev 12, 2016 10:55 am

Fête de Cadeau
Num simples, rápido e momentâneo vácuo de segundo, um grito ressoou pelo o local – cemitério – onde se encontravam: “Bienvenue à Fête de Cadeau et Festival de Jazz de Axeman!” foi o estridente, alto e quase ensurdecer exclamar que a loira deu meio às pessoas, anunciando o Fête de Cadeau, ou para os humanos, Festival do Homem do Machado; o moreno olhou-a de rabo de olho, mordendo o lábio ínfero para conter a risada que provavelmente soltaria, mas que por sorte não veio a sair. “Ai ai”, sibilou em tom mínimo em seus pensamentos, quase não ouviu, enquanto os seus braços desnudos devido à camiseta de manga curta de coloração cinzenta que traja, pensativo.
A visão veio a se estreita ao quase selar o encontro da pálpebra superior com a inferior de cada claro olho, no entanto, os mesmos arregalaram-se, preocupados, ao ver que Marie Ann estava sobre a superfície plana e gélida do solo. Jesse, automaticamente, ajoelhou-se e acocou-se perante a loira, segurando a mão dela ao mesmo tempo em que aos poucos ela recobrava a consciência. – Espero que sim. – respondeu num murmúrio ao observar que a suprema Elle havia chegado próximos aos dois. – Hey. Está bem? – foi o que perguntou, agora observando os olhos da garota, a qual disse que foi uma visão.
A ajudou a se levantar. Ao firmar-se ereto sobre o chão, um inevitável longo suspirou emanou de seus lábios entreabertos, aliviado. – Sério, está realmente bem? – questionou, ainda olhando para a mesma. – Mas... – Pausou, pondo a unha do polegar entre os dentes superiores e inferiores, dando mordiscadas na ponta da unha, intrigado. – Que visão teve? – franziu o cenho, desviando o foco a visão para o lado, instigado com o que havia acontecido. “Hm...”, os seus olhos se fecharam, imaginando algo. “Tenho certeza que algo virá a acontecer”, deduziu, abrindo as vistas e esperando a resposta da moça de cabelos dourados.  

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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Sex Fev 12, 2016 6:33 pm

Fête de Cadeau

c'mon, Chanel, it's a party


Elle havia respondido cada uma das provocações em um nível ainda pior. Christopher sentia-se desafiado, como se estivessem em um jogo, mas manteve a compostura perto de seus amigos, encarando as ações da morena sem nenhuma alteração em suas feições. Brincou com a mente do rapaz com que Elle dançava, fazendo com que o mesmo pisasse em seus pés algumas vezes, porém, na maior parte do tempo, fingiu que nem via o que estava acontecendo a poucos metros de si. Pelo menos até que ela o beijou.

— Isso era mesmo nescessário, Chanel? — Ele bufou, colocando as mãos nos bolsos e observando-a se aproximar. — Onde aprendeu a jogar sujo assim?

A garota retirara o casaco preto, revelando um vestido justo e com cortes por sua extensão. Christopher não conseguiu evitar um olhar que passasse por todos os detalhes de seu corpo, mordendo o lábio inferior como forma de provocação.

— Por favor, Elle, eu sei que você não me odeia. Seus sentimentos são bem opostos a isso. — Fez um movimento rápido com as mãos, que trouxe o corpo da garota mais para perto, logo voltando a falar. — Mas se te incomodo tanto, posso te deixar em paz. Há outras garotas de sua academia que iriam adorar a companhia do supremo de Saint Harris, não é mesmo?

Ele acariciou o rosto dela com as costas das mãos, mantendo seus rostos próximos. Seus olhos se mantinham abertos, observando a pele clara e macia da morena, guardando em sua mente cada um dos pequenos detalhes que faziam ela ser quem era. Tão linda.


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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Moon Sun Hee Sex Fev 12, 2016 7:19 pm

Enquanto dançava, a jovem bruxa percebia Christopher parado ali, fazendo algo e tentou ignorar ao máximo os pisões que recebia. Quando por fim terminou a dança e beijou o rapaz com quem dançava, ela estava satisfeita. Assim que se aproximou o bastante de Christopher, abriu um sorriso, o observando, enquanto o mesmo falava. Ela riu baixo, colocando as mãos nos bolsos do casaco, fingindo certo ar de inocência. — Desculpe, mas quem olhou para o decote de uma das minhas alunas não fui eu, sabia? E claro que era, querido. É aquela famosa frase, a lei de Hanurabi, olho por olho. Por que? Ficou com ciúmes, fofo?  — Seu sorriso agora era irônico, enquanto mantinha um olhar sobre os orbes escuros do maior. — Querido, a convivência excessiva com você me ensinou a jogar baixo, a culpa é sua. — Ela apontou para o rapaz a sua frente.

No momento em que ela tirava seu casaco, observou o olhar do bruxo sobre si, enquanto sorriu divertida, e assim que o jogou no banco onde estava sentada, e arqueou a sobrancelha observando o olhar do ‘acompanhante’ sobre seu corpo. — Querido, provavelmente deve estar imaginando em como sou sem esse vestido, ou deve estar querendo tirá-lo e provavelmente queimar, mas se queimasse eu te bateria e, por favor, seja discreto, estamos em um lugar público. Sei que sou gostosa, mas não me olhe como... Sei lá, uma estátua. Quer parar de babar, por favor? Esse vestido foi caro, e você vai sujar com a sua baba. — A bruxa revirou os olhos entediados, deixando uma das mãos em sua cintura, enquanto apontava para o rosto do bruxo com a outra mão.

A jovem o ouvia falar, ela suspirou, evitando com todas as forças que tinha, corar naquele momento. Assim que se viu mais próxima do que estava do bruxo, arqueou a sobrancelha. — Como você tem tanta certeza, Christopher? Como sabe que não está errado, que isso é coisa da sua imaginação extremamente fértil? — Ela cerrou os olhos, ao ouvir o restante da fala do maior, e reprimiu um riso baixo. — Você vai ficar quietinho aqui comigo, porque hoje, principalmente, você é meu acompanhante, e não discuta com uma mulher irritada, não é saudável. E se eu te vir perto de alguma de minhas alunas, queimarei esse seu cabelinho e te deixarei careca, entendeu? Hoje, Prada, você é meu. — A morena apenas passou a sorrir enquanto arrumava uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

O olhar que recebia de Christohper a fez corar de vez, Elle estava mais vermelha que o normal. Suspirou fundo, sentindo o carinho por seu rosto, que a fez abrir um sorriso involuntário, e pela primeira vez naquele momento, era um sorriso sincero. Ela também o olhava, observando-o com atenção, e fechou os olhos. — Talvez eu vá receber alguma zoada básica, não sei. — A mulher suspirou, — ela estava completamente indefesa. — A morena mordeu o próprio lábio inferior tendo uma ideia, era para ela, a  hora da verdade, o famoso vai ou racha. Ela soltou um suspiro. — Eu te dou um beijo aqui e agora, se me contar tudo o que pensa e o que sente em relação a mim, e se eu sentir que está mentindo, não vou te beijar. Ou, você pode largar de ser um completo idiota e me beijar logo, porque acho que é louco para fazer isso, mas faltou coragem e oportunidade. — Ela então abriu os olhos, encarando com atenção o bruxo.






Última edição por Elle Sch. Châtellereaut em Ter Fev 16, 2016 7:00 am, editado 4 vez(es)
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Sáb Fev 13, 2016 10:12 pm



YOU CAN'T FELL ME

O cemitério estava mais divertido. — Resmungou Aléxis, enquanto se escorava em um canto qualquer, ao chegar no French Quarter. Aquele era seu primeiro Fête de Cadeau e, honestamente, não tinha certeza se deveria estar ali. Havia todo tipo de pessoa, sem exceção, e todas pareciam estar se divertindo — menos a Bouwknech.  E ela não fazia questão de se enturmar. Há meses, a espevitada Aléxis não se conteria ao ver um festival como aquele, enquanto hoje, ela apenas observava, esperando que alguma coisa desse errado.

A única motivação que fazia a garota permanecer ali era, simplesmente, a esperança de rever seus irmãos. Há meses não tinha noticia dos rapazes, e se sentia sozinha, mesmo ainda tendo Amélia ao seu lado. Se não fosse por isso, com certeza iria direto para a sua cama, após praticar os rituais necessários no cemitério.

Percebendo que nada adiantaria ficar parada onde estava, Aléxis, decidiu se enfiar no meio das pessoas. Ela sorria educadamente quando se deparava com alguma colega da academia, mas seus olhos nunca as focavam, mas vagavam pela multidão.



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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Dom Fev 14, 2016 12:41 pm

But we are alive Here in death valley


Com certeza a caminhada é longa para todos que vivem neste impuro e corrupto mundo. É um trajeto de escolhas definitivas e sem retornos que necessitamos fazer a todo instante, mas talvez, somente talvez para aquele rapaz o percurso seja mais longo ainda e o destino mais distante. Mesmo o que ocorreu ter sido somente um acidente, os outros não creem em suas palavras; o jeito é viver a vida a pé, a só, a andar, pelo o bem-estar de todos. Aquela solidão de um ser antissocial o fez repugnar por multidões, tumultos, aglomerações de pessoas no geral. Contudo, aquela festividade era diferente, meio que sua presença ali era obrigatória.
Passou lentamente a visão pelo os rostos dos ali presentes – cemitério -, analisando suas expressões de desgostos em meio ao Fête de Cadeau, mas para a maioria é conhecido como Festival do Homem do Machado, que trata-se de uma lenda local de New Orleans. Não tem um real motivo para estar ali, exceto que quer reencontrar-se com os seus irmãos. Apesar de ser alguém que vive para si mesmo, o que mais preza é pela a família, até por esse motivo resolveu tornar-se um peregrino, para assegurar a vida de seus familiares.
Entortou o lábio súpero, tombando a cabeça para a lateral-diagonal destra, pensativo, a visualizar os semblantes dos seres com o mero intuito de tentar reconhecer pelo menos uma única face. Não, missão abortada. Sugou os lábios ao surgir em sua mente a conclusão que seus fraternos não apareceriam por aquelas redondezas do French Quarter. Seus lábios agora lapidaram, simultaneamente, um sorriso desfeito de desprazer por sua burrice. – Tsc... – soltou o som num volume inaudível, o qual foi seguido por um suspiro longo.  Estreitou o olhar e, consequentemente, a visão ao vislumbrar uma escultura conhecida numa posição não tão distante. Mordeu o canto do lábio, tentando enxergar o semblante que logo se mostrou quem era.
Numa velocidade suavemente ligeira, deslocou-se em direção àquela pessoa, debatendo em corpos doutros que jaziam durante o trajeto. Chegando em suas costas, a envolve com seus braços, pondo-os na altura da cintura da morena, envolvendo-a num abraço. – Lex... – murmurou em uma entonação calma de sua voz.  

We're still alive
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Seg Fev 15, 2016 2:14 pm


i'm back and forth, i think i'm going crazy
Que dia é hoje?

Foi o primeiro pensamento de Illyria ao abrir os olhos naquela manhã. Seus olhos fitavam o teto branco, e eles a encaravam de volta na mesma intensidade. Coçou um olho enquanto sua outra mão procurava o maço de Kool no criado mudo ao lado da cama. Tirou um cigarro da carteira e com a mão que antes coçava seu olho, sentiu uma chama esquentar sua mão e aquecê-la do frio de alguma forma. Acendeu o cigarro com aquela chama, mas não fechou a mão após aquilo. Em casa sentia-se livre para usar sua magia como bem entende-se, já que lá fora o mundo vinha sendo cruel com bruxos solitários.

Tragou o cigarro com calma e fechou a mão, chutando o cobertor que a cobria, revelando as pernas brancas da garota. O frio a envolveu mais uma vez. Levantou da cama com o cigarro na boca e olhou pela janela do quarto. A cidade estava em festa.

– A FÊTE DE CADEAU! – Gritou no quarto do apartamento, apagando o cigarro no parapeito da janela e correndo para o banheiro. A água quente do chuveiro aqueceu seu corpo e Illyria poderia nunca mais sair dali. Era assim sempre que ia tomar um banho. A sensação do corpo aquecido era a sensação preferida de Illyria. Ainda melhor do que a do álcool tomando conta de seu corpo após uma boa dose de vodca.

Iria ao Fête de Cadeau por consideração à sua irmã, porque mesmo quando estava na Academia nunca gostara muito da data. Talvez porque parte dela nunca entendera realmente a dimensão de tudo aquilo. Deu um longo suspiro e fechou o chuveiro, fazendo a água parar de cair. Abriu o guarda roupa e tirou sua única blusa branca de dentro, junto com seu casaco preferido e uma calça preta. Calçou seu velho par de tênis e certificou-se duas vezes que havia trancado tudo antes de pegar seu celular e seu maço de Kool para sair do apartamento.

A caminhada do apartamento até o cemitério era longa, mas ela achou que seria melhor ir a pé do que de outra forma menos normal. Colocou o capuz do casaco sobre a cabeça e seguiu andando em passos firmes até lá.

O cemitério estava apinhado de bruxos e bruxas. Alguns rostos Illyria conhecia de seu tempo de Academia, outros rostos eram completamente novos para ela. Tentou ficar o mais isolada de todos possível. Sua principal intenção era falar com sua irmã, mas não no meio de tanto tumultuo. Os rituais e sacrifícios foram feitos, e a cena da conselheira desmaiando seria motivo de burburinho em ambas Academias por ao menos uma semana, se Illyria bem conhecia a juventude e seus prazeres.

De lá, os Supremos guiaram os bruxos alunos para o French Quarter, e todos estavam convidados a ir para lá também.

O jazz tomava conta da cidade, e tinha até uma boa melodia, mas não era algo que de fato interessasse a morena, então, para ela, nem mesmo um leve balançar de cabeça era feito ao ouvir todos aqueles sons. De longe, Illyria viu Elle entrando num café com algumas alunas e logo em seguida Christopher e seus fiéis escudeiros. Essa vai ser boa, pensou a garota, enquanto seguia para o café entre a multidão de bruxos e bruxas que passeavam por ali.

O desenrolar da história Illyria assistiu dos bastidores. Christopher se aproximando da mesa de Elle, a dança dele com uma das alunas da Robichaux, e logo em seguida Elle dançando com um dos amigos de Christopher e, nossa, um selinho. Quanta rebeldia, Elleanorah! Pensou Illyria, rindo sozinha em seu canto. Mas foi quando viu a proximidade entre os dois, o braço forte envolvendo a cintura de sua irmã, o carinho no rosto dela, o sorriso bobo estampado na cara da mais velha que Illyria decidiu se aproximar. E assim o fez. Saindo das sombras do café, andou rente ao casal com um andar meio desengonçado e louca para aprontar. Abriu um sorriso de orelha a orelha, mostrando todos os dentes possíveis.

– Ora, ma couple préféré! – Exclamou a menina, colocando um braço sobre os ombros de Elle e o outro sobre os ombros de Christopher. – Que bela cena vocês proporcionam a todos. Já falei que são meu casal pre-fe-ri-do?! – Perguntou ela, gargalhando de leve e enfatizando a palavra “preferido”.




Última edição por Illyria Sc. Châtellereaut em Ter Fev 16, 2016 8:34 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Convidado Seg Fev 15, 2016 11:58 pm



YOU CAN'T FELL ME


Sobre esperança? Bem, ela estava tão nula quanto o liquido da lata de refrigerante que a morena segurava. Já havia se passado mais de uma hora que ela estava por ali e, mesmo após dar várias voltas pelo bairro, não havia encontrado o que estava procurando. Isso a deixava completamente injuriada. Tinha certeza que esse festival seria perfeito para um reencontro familiar, até mesmo os rapazes da Saint Harris tinham comparecido às festividades, mas nada dos seus irmãos.

Com raiva, jogou a latinha de refrigerante longe.    

Talvez Amélia tivesse razão. Talvez ela devesse parar com essa mania imprudente de sempre que pode, tentar juntar a família. Talvez, ela apenas conseguiria encontrar problemas desse jeito... problemas dos grandes. Talvez. Mas isso não a faria desistir, sua mãe ficaria desapontada ao ver a situação em que se encontravam. Por ela, não desistiria tão fácil.

Suspirando, deu meia volta. As garotas do Miss Robichaux tinham ficado em um café não muito longe. Com sorte, sua irmã estaria lá também e, então, poderia convence-la a ir embora. Um bom plano, em sua cabeça, mas que nunca chegaria a completa-lo, pois assim que se moveu, sentiu-se ser envolvida num abraço.  

Em um primeiro momento, seu corpo retesou, assustando-se com o contato repentino. Mas essa ação não chegou a durar segundos: como se após uma análise melhor reconhecesse a quem pertencia aqueles braços, ele instantaneamente relaxou. A menina piscou, atordoada, tentando se mover para visualizar a face de quem a segurava com tanto carinho, mas a voz em seu ouvido a vez aquietar-se novamente.

“Lex”

Ainda tinha o mesmo tom, o que fez a garota fechar os olhos momentaneamente e tentar acalmar-se, pois seu coração havia dado um salto e agora batia tão rápido que a assustava.

Peter? — Chamou seu irmão, apenas para ter certeza que não era uma pegadinha de sua mente deturpada. Mas, em resposta, sentiu o abraço se estreitar ainda mais. Num impulso, abriu os olhos, virando-se abruptamente e lançando os braços no pescoço domais velho, enfiando sua cabeça em seu pescoço. O velho cheiro de lavanda ainda estava ali. — Oh, mal posso acreditar que é você mesmo. — Sussurrou emocionada, tateando-lhe o rosto, ombros e tórax. Parou apenas quando o mais lançou um olhar, em sua concepção, engraçado, então descansou suas mãos em cada lado de seu rosto. Ficou em silencio por um momento, apenas sorvendo cada detalhe de Peter, seu irmão gêmeo que não via há meses.

Entre outras coisas a mais, que não vinha ao caso.

Oi. — Disse, quando o silencio começou a incomodar. — Oi, eu senti sua falta. — Ofereceu um sorriso, o mais verdadeiro que dava há tempos, ao mesmo tempo que suas bochechas adquiriam uma coloração  avermelhada.



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Mensagem por Convidado Ter Fev 16, 2016 1:10 am

But we are alive Here in death valley


Uma música quase que de modo instantâneo surgiu em seus pensamentos naquele momento, mas o que lhe intriga é não saber de qual melodia harmoniosa e linda se trata, pois sabia que a mesma se aplica belamente ao que ocorria até então. Um reencontro, uma reunião de certos per centos dos Bouwknech - penúltimo dos rapazes a nascer com a caçula -, ambos os membros do único trio de gêmeos pertencentes à família.
Não compreendia o que sentia somente tê-la em seus braços lhe traz uma sensação tão pura quanto a própria água, tão quente quanto o próprio sol, tão imensa quanto o próprio céu. Talvez fosse uma louca insanidade que tomava conta de seus devaneios, mas sem quaisquer dúvidas prefere ser um insano a ser alguém supostamente normal. Riu de si mesmo mentalmente por não entender-se. Definitivamente é um louco.
O coração palpitante acalmou-se com o decorrer do passar do tempo lentamente, o qual antes estava acelerado ao extremo, parecia que sairia a qualquer instante de seu peito. A morena não, aparentemente, crê que um de seus gêmeos encontra-se ali, envolvendo-a num abraço.
“Peter?”
A mesma doce, melódica e serena voz de sempre o fez acalmar a certa ansiedade que surgira de repente. Fraco, um sorriso fraco, contudo, tênue lapidou-se aos poucos, gradativamente, nos lábios do garoto, esse que a observava com um olhar reluzido e brilhante por revê-la após tanto tempo. Meses se passaram para ser um pouco mais especifico, só que para ele era uma eternidade os segundos distantes de seus familiares, principalmente da mais baixa, a qual dividiu o útero de sua mãe com o mesmo há 15 atrás.
“Oh, mal posso acreditar que é você mesmo”.
Peter queria explicar que pensava a mesma coisa, entretanto, as palavras lhe fugiam dos pensamentos, não conseguindo formular uma frase para respondê-la. Respirou fundo, estufando e enrijecendo seu tronco até relaxa-lo com a expiração. O sorriso continuou desenhado em seu calmo semblante ao ser tocado pela as mornas e calorosas mãos de Aléxis, depois tateando diversas áreas do físico do jovem. Automaticamente, a sobrancelha de seu lado destro curvou-se, arqueou-se ao alto, um pouco irônico. – Eu sou real. – disse acompanhado por um breve, curto e mínimo riso ainda a olhando-a em seus belos, claros e límpidos olhos, perdendo-se facilmente na ternura e na pureza deles. – Também não posso acreditar que é você, Lex. – prosseguiu em um murmúrio, desfazendo daquele sereno sorriso.
“Oi.  Oi, eu senti sua falta.”
Sugou os próprios lábios ao perceber que não era o único a sentir a falta do outro, da companhia do outro, do..., da presença do outro em seu cotidiano. – Eu também senti a sua falta, Lex. – indaga, retornando com o singelo e belo sorriso. O seu corpo inclinou-se para frente, tocando seus lábios devagar a testa da garota, demonstrando com o que falou anteriormente é verdadeiro. – Muita falta mesmo. – recuou do local onde beijado enquanto mordia a parede interna da bochecha. Desviou o olhar logo em seguido, sentindo a fervura em suas maçãs faciais.


We're still alive
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Mensagem por Convidado Ter Fev 16, 2016 1:51 am


Killjoys,make some noise!
Baby I'm preying on you tonight


O

escravo. Aprisionado pelo temor de alguém tão assombrado quanto você, caro alfaiate. És aquele que em seus melhores momentos, a insanidade lhe vem como a melhor amiga que pode ter. Basta apenas não renegar o carinho oferecido pelo seu desiquilíbrio. Abrace-o e seja aquele quem realmente é. Dê boas-vindas ao verdadeiro eu.

 

Chamado de Morpheu, 23:39 pm.

O breu lhe abraçava como um antigo companheiro cujo os anos de estimada companhia já tornasse desnecessário um aviso prévio ou rodeios. Caim pendeu seu corpo para frente – na direção da escrivaninha diante de si-, a quina lhe tocou o peito detendo o movimento do loiro, os dedos percorreram a madeira de conhecidas falhas, roçando as farpas antes que a respiração mínima lhe tocasse a pele próxima ao pulso e tomasse toda a atenção do jovem bruxo para si.  – Romeo ! – Exclamou sonolento, a visão turva de seu amigo roedor fez com que o mais velho dos Boucknech se entregasse por fim à inconsciência que tanto lhe requisitava.
 

Sorrateiros, 19:20 pm.

O olhar vagou até ambas as mãos que pousavam sobre suas pernas, elas se moveram agarrando-se ao tecido que lhe cobria a região e firmando seus dedos até que fosse capaz de chegar ao limite de transpassa-lo, os lábios finos do garoto se crisparam e as sobrancelhas elevaram-se antes que as íris vislumbrassem não mais as próprias mãos e sim o vidro espelhado diante de si. A pele alva estava exposta no dorso, sua uniformidade corrompida pelo cobreado de sangue alheio. Caim elevou o tecido firme entre os dedos e deslizou o mesmo pela região que se originara em seu maxilar e findava próxima às costelas, o pano adotou para si a vermelhidão que antes pertencerá à pele do rapaz, voltou-se na direção do objeto estrategicamente posicionado ao seu lado para que pudesse oferecer sua utilidade de forma mais eficaz, mergulhava o tecido dentro da bacia preenchida por uma água turva e ali retomava o ritual de ocultar quaisquer rastro do ocorrido.
As imagens apareciam diante de seus olhos, a postura austera se mantinha intacta enquanto ele era capaz de vislumbrar a si mesmo como um fantasma a percorrer aquele recinto, ainda se recordava das sensações que lhe dominavam no instante em que as lembranças ocorriam. Pressione ele contra seu seio até que o mesmo a perfure”, proferia para a garota de cabelos louros, o olhar aterrorizado da menor parecia inunda-lo com um prazer imensurável, sádico. Romeo corria a pele morena de sua vitima, ela o incentivava pressionando seu corpo entre as mãos tremulas enquanto os gritos provindos da dor eram abafados pelo tecido que lhe cobria os lábios. A respiração do bruxo se tornou pesada, o ar parecia rarefeito e lhe negava os pulmões fazendo com que os mesmos ardessem em sua ausência, as lembranças daquela – que agora jazia sem vida contra o carpete- pareciam corroê-lo até que se tornassem vultos indistintos.


 Fête de Cadeau et Festival de Jazz de Axeman, horário atual.

A sola do pé se firmou contra o solo arenoso antes que sua bota afundasse firmando o seu único ponto de equilíbrio disponibilizado por si mesmo, seu corpo retomou uma habitual postura cuja a coluna se alinhava de forma ereta. O veiculo sob si agora se encontrava em estado de repouso, inerte sem o comando daquele que lhe conduzira até o local ladeado de lápides e caminhantes ocasionais. Caim havia desperto de seus afazeres para que pudesse presenciar um dos eventos incentivados pelos descendentes de sangue bruxo. “Nós o matamos, quando ele poderia ter nos matado”, repetia a si mesmo como um monólogo sem  real objetivo, recordava-se das histórias e dos males causados pelo homem cuja a homenagem era concretizada com dança e seu desejo atendido.
O membro do conselho mantinha sua expressão neutra, o olhar vagava enquanto sua mente utilizava dos resquícios da adrenalina que lhe restava, cada nome sendo repetido mentalmente até pousar nas silhuetas distintas mais adiante. Caim estalou a língua no céu da boca antes que um sorriso fosse desenhado em seus lábios já antecipando a sensação de estar próximo daqueles que dividiam o mesmo laço sanguíneo, seus irmãos.


– Sempre tão amistosos um para com o outro. – Proferiu em tom baixo e rouco, o sorriso lapidado enquanto a mão repousava no ombro de Peter, aquele o qual tanto estimava e sentia pela ausência constante mas necessária. A irônia exposta nas palavras recém ditas agora lhe abandonavam para que enfim meneasse a cabeça sutilmente. – Aléxis, minha doce irmã e... Bem, quem é você? – O olhar vagou de sua irmã para o jovem garoto que substituía as lembranças de um menino para agora um homem.





# Evento Oficial # Zöe

Hit the gas, kill 'em all.
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Mensagem por Convidado Ter Fev 16, 2016 6:55 pm

I can't be controled
Naquele dia de comemoração  a tensão entre os dois supremos estava alta. O ódio entre os dois era tão claro quanto aos sentimentos de atração e grande interesse. Ele ouvia tudo o que Elle tinha para falar em completo silêncio, apenas observando-a com atenção e, propositalmente, jogando olhares maliciosos e sorrisos com o canto dos lábios.

Eu não lembro de ter te convidado para ser minha acompanhante hoje. Mas já que insiste, posso desmarcar alguns outros encontros. — Christopher mordeu o lábio inferior rapidamente, ouvindo o resto da fala da morena. — Desde quando virou tão possessiva, mon amour? Você sabe muito bem que não sou um homem...controlável. Mas já que está tão agressiva, prefiro não arriscar perder uma porcentagem de meu charme. Afinal, ficar ao seu lado a noite toda não parece uma tortura tão ruim.

Apesar das brincadeiras, ele acariciou o rosto dela com mais carinho do que estava acostumado. Sentia-se bem em vê-la corar com suas ações, deixando claro para o garoto que havia interesse pelo lado da garota. Algo que foi ainda mais confirmado com sua intimação, praticamente obrigando-o a expor seus sentimentos. Em sua mente um turbilhão de pensamentos se emaranhavam, sem saber como agir. Seu corpo parecia se impulsionar a beijá-la de imediato, dizer em alto e bom som que era apaixonado pela Suprema, porém sua personalidade irônica e a obrigação que sentia de impressionar todos ao seu redor, impediu que a má fama do garoto fosse extinta naquele momento.

Quando existir um relacionamento entre eu e esta Suprema, acho melhor ficar longe, ma belle . — Ele sorriu para a garota que se aproximara, analisando-a de cima a baixo. Era bonita, assim como a que estava logo a sua frente. — Ela não é muito querida comigo. Mas vale a pena arriscar, não é?

O garoto aproximou seus lábios dos avermelhados e levemente carnudos de Elle, segurando em sua nuca com certa força, porém sem machucá-la. Tomou sua boca em um beijo rápido e intenso, segurando sua cintura com a outra mão, pressionando a garota esguia contra seu corpo. Dentro de si, sentia como se pequenos fogos de artifício explodissem e milhares de borboletas voassem em seu estômago. Uma sensação maravilhosa e ao mesmo tempo assustadora.

Quando se afastou, abriu um sorriso ao mesmo tempo que abria os olhos. Observou Elle e começara a rir propositalmente, dando um ou dois passos para trás.

Me desculpe, Chanel. Eu precisava provar que não era um covarde, não era minha intenção roubar seu coração. — Ele piscou para ela e colocou as mãos nos bolsos, esperando pela má reação da garota. — Pelo menos descobri algo bom com toda essa situação. Você está caidinha por mim, apaixonada. Sente que vai derreter toda vez que eu me aproximo. Mas não se preocupe, não é nada grave. Eu costumo ter esse efeito com as garotas.
Oops, I did it again, sweetie.
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Mensagem por Moon Sun Hee Qua Fev 17, 2016 11:43 am

i've been locked out of heaven for too long


A bruxa estava se sentindo estranha com todo aquele momento. Ela tinha passado mais de 5 minutos com o mesmo e ainda não tentou lhe matar. É, ela estava progredindo muito bem. Ela suspirou rindo baixo, enquanto ouvia as respostas do rapaz. Ela abriu um sorriso simples, no meio da fala do mesmo e ao ouvir o francês, mordeu o próprio lábio inferior sorrindo. Ok, ele fica muito... Atraente falando francês. Tá, mais do que já é. Ai, decide logo sua vadia! Sua mente trabalhava um tanto confusa naquele raciocínio. Mas ambas as partes tinham certeza: Aquele homem ainda a mataria, no lado bom e no lado ruim. Cada olhar e sorriso que lhe era lançado durante o processo, a fazia rir baixo ou sorrir. Naquele ponto da festividade, estava mais próxima que imaginaria de Christopher, que lhe acariciava o rosto em um gesto de carinho. Enquanto falava, sua mente apenas parecia confusa, tentando decidir finalmente o que sentia, para transportar para o coração, o cérebro e fazer com que ela finalmente dissesse, ela suspirou fundo quando acabou de dizer, esperando qualquer que fosse a reação do bruxo a sua frente. Ela observava a expressão calma, mas pelo o olhar, sabia que ele estava tão confuso quanto Elle estava. A morena apenas pegou uma das mãos do bruxo e pousou sobre seu peito, lhe permitindo sentir o seu coração acelerado. ― Sente? Eu também estou nervosa com isso, Christopher. — Elle apenas sussurrou para o bruxo, sorrindo fracamente, enquanto suspirava fundo.

Elle observava sua irmã caçula, Illyria se aproximar de ambos, dizendo algo que a fez revirar os olhos, ouvindo em seguida, a frase do bruxo, o olhando entediada. ― Olha só, fofo, sei que tá rolando um clima lindíssimo aqui, mas se falar com a minha irmãzinha de novo desse jeito, eu te corto o que te faz ser homem. Ah é, aquele amiguinho que vocês homens tem entre as pernas. ― A bruxa apenas deu de ombros, ouvindo o final, e gritou. ― Ei! Não fale de mim como se eu não estivesse aqui Prada! ― Ela revirou os olhos. ― Eu posso ser um amorzinho com você, só prova que merece que eu posso te mostrar meu lado amorzinho da vida, oui? ― A bruxa apenas piscou, e sorriu para a irmã. ― E sim, ela é minha irmã, antes que pergunte. Não reparou a semelhança? Nós duas somos duas belas jovens saudáveis e gostosas, que estão muitíssimos bem solteiras, mas diferente de mim, Illyria não aguenta esse seu rostinho bonito quase todo dia. Ah! E você fica muito gato falando francês. ― A jovem abriu um sorriso, piscando em seguida. ― Eu sou um risco que vale a pena?  Me sinto lisonjeada, Prada! ― A suprema apenas riu baixo satisfeita.

A aproximação do rosto do rapaz a sua frente, fazia seu coração disparar mais do que o normal. Sentiu uma mão forte em sua nuca e olhou para o bruxo, não escondendo seu nervosismo, lançou um olhar rápido para a irmã, como se dissesse: ‘O que eu faço?’.  O beijo que se seguiu, fez com que Elle mentalmente gritasse um “Aleluia, finalmente aconteceu essa coisa!” A proximidade aumentou mais, com a mão forte, mas ao mesmo tempo, ela sentiu um cuidado ali, uniu mais os corpos e de imediato, as mãos pequenas de Elle pousavam sobre o peito de Christopher, enquanto retribuía o beijo que compartilhavam. A morena sentiu se literalmente, completa, como se pudesse conviver tendo aquilo e ficando naquilo o resto da vida. Poderia se dizer, que ela tinha alcançado seu nirvana pessoal e estava no paraíso.  Pra ela, e se ela pudesse, faria aquilo durar o resto de sua vida.

Elle foi tirada de seus devaneios, que até que eram extremamente agradáveis, quando o bruxo se afastou. Sua mente o torturava cruelmente por estragado aquele momento.  Ela o ouviu, enganchando seu braço com o da irmã, que observava tudo, e a mais velha jurava que Illyria estava surpresa. ― Nunca peça desculpas por beijar alguém que secretamente, tá, não tão secretamente, quer isso. ― A bruxa disse repreensiva. ― Ah, roubar meu coração... É, Prada, se não quis, azar o seu, agora vai ter que me aguentar. Olha só quem arrumou. Elleanorah Schreave Châtellereaut, romântica incondicional, mas que tem um orgulho e um rancor enorme, porque sujou meu vestido favorito. E quase me matou, ainda por cima. ― A cada item que a morena falava, erguia um dedo da outra mão. ― E eu não te chamei de covarde, chamei de idiota, tem muita diferença. ― Ela pendeu a cabeça para o lado esquerdo. ― Você melhorou muito meu humor, Prada, se quer me irritar, escolha outro momento. ― A bruxa apenas deu de ombros, ouvindo o restante da fala do bruxo, rindo baixo, sussurrando à irmã. ― Se é comum, não quero nem ver o que não é. ― Elle observava Christopher com atenção, e cautela, para gravar aquele rosto. ― Quer a verdade ou prefere que eu minta? ― A mesma não esperou resposta. ― Acertou em cheio, Prada. Mas quer saber o que EU, Elle, descobri? ― Novamente, não esperou resposta. ― Você é louco por mim, Christopher. Você me irrita, só para chamar minha atenção. Faz essas graças de dançar com minhas alunas só para ter o prazer de me ver com ciúmes de você, e quando eu fiz o mesmo, você manipulou a mente do seu amiguinho, sabe por que? Porque você sentiu ciúmes, por eu estar dançando com ele, não com você. E o ápice, do que me faz ter certeza, foi a sua cara quando beijei seu amiguinho. Sentiu ciúmes porque eu não lhe beijei, sim a seu amiguinho. Você ficou morrendo de ciúmes. ― A bruxa então se lembrou de uma pergunta que lhe tinha sido feita. ― Sempre fui possessiva, mon amour, só que não demonstro, apenas com o incentivo certo.  Então, estamos empatados, Prada. Sabe qual é a nossa real situação? Nos amamos loucamente, mas somos muito estúpidos, orgulhosos, no seu caso, você só não quer que seus amigos te chamem de bobo apaixonado, para admitir um para o outro. Sabe o que me faz gostar tanto de você? Esse seu lado incontrolável. Você faz o que bem entende e não se importa muito com reações, e claro que é controlável, você poderia ter muito bem me deixado aqui depois de me beijar, e cá está você. Rendido aos encantos de uma mulher.  ― A morena finalizou seu discurso, sorrindo. ― Então... Dance comigo. ― Ela simplesmente lhe estendeu a mão, o encarando.




Última edição por Elle Sch. Châtellereaut em Qui Fev 25, 2016 8:53 am, editado 2 vez(es)
Moon Sun Hee
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Mensagem por Convidado Qui Fev 18, 2016 6:50 pm

Desperado If you want, take a peek and run away Running from and it's out of luck

Meera revirou os olhos após ouvir o pronunciamento de Marie Ann.[/i] Oo timbre exposto em notas agudas ainda ressoava nos ouvidos sensíveis da ruiva enquanto os olhos vagueavam por entre os bruxos reunidos no cemitério lafayette, agraciados pelo típico som característico da cidade. um suspiro escapou pelos lábios rosados quando o primeiro acorde de jazz teve início. Logicamente, seu primeiro pensamento naquele local fora procurar por elleonorah. Encontrou-a conversando com um moreno, possivelmente o supremo da academia saint harris. Ao visualizar o rapaz, imediatamente lembrou-se de certo alguém, o que lhe  causou um leve calafrio.

de fato, ainda não havia acostumando-se com ao saber que, tal como ela, o supremo que dialogava com elle era protegido pela divisão de membros restantes do conselho. Ironicamente, nunca poderia imaginar que, dentre tais indivíduos, estava samwell. Pensar no loiro a fizera desviar o olhar da suprema, fitando os diversos rostos ali presentes, como se buscasse pelo irmão. Respirou com certa frustração no minuto seguinte, ao percebeu o que estava fazendo. era óbvio que ele não estava ali. De outra maneira, caso sua dedução estivesse equivocada, esperava não encontrar-se tão cedo com aquele de igual linhagem.

enquanto meneava o rosto levemente, tentando dispersar os pensamentos, uma sensação de alívio a inundou assim que o cortejo iniciou sua caminhada em direção ao french quarter, afim de continuar com a festividade que, na visão de meera, era estranhamente bizarra. fazer tal solenidade em nome do homem do machado, psicopata que matou diversas mulheres - incluindo bruxas - em 1919 não parecia ser algo digno. todavia, tendo nascido e sido criada em nova orleans, a morena aprendera a não se importar tanto com os festejos coletivos da cidade.

os cabelos ruivos, destacados pelo vestido escuro que comumente trajava, não a impediu de receber olhares curiosos enquanto seguia a comitiva. sentiu o rosto ruborizar levemente, não hesitando em comprimir os lábios diante daquela exposição. Inconscientemente, desejava gerar seu campo de força para afastar-se ainda mais daquelas pessoas, entretanto, sabia que não poderia fazê-lo, uma vez que, demonstrar seus poderes em público era o mesmo que torná-la alvo principal dos caçadores e de tantos outros que a queriam morta, afinal, além de ser uma integrante do conselho, ainda possuía como cargo extra, o peso de ser o braço direito de elle.

perdendo-se em pensamentos novamente, acabou por colidir com algo que interferiu em seu caminho. Fizera uma nota mensal de manter-se mais atenta à medida que o olhar erguia-se e palavras de cautela eram ditas com certa severidade. Quando enfim soubera o motivo por detrás do descuido, a garganta secou imediatamente, ao passo que o coração bateu em um rompante.

a cor pareceu sumir de seu rosto ao visualizar perfeitamente os cabelos loiros, assim como o porte atlético coberto pela roupa escurecida. Antes que meera pudesse traçar um meio de sair dali, os lábios foram mais rápidos, deixando que a voz, outrora altiva, saísse em um sussurro cansado. — Hey Jumper. — fez uma pausa, concentrando-se em respirar profundamente.  As íris esverdeadas estavam brilhantes e dilatadas, o que a fez piscar os olhos rapidamente, devido ao incômodo causado pela aglomeração de sensações que recebera ao vê-lo ali. Depois de um tempo, saiu dali.

@encerrado.


Última edição por Meera Wint. Höelminster em Sáb maio 07, 2016 8:44 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Convidado Qui Fev 18, 2016 8:55 pm


i'm back and forth, i think i'm going crazy
O olhar que Christopher lançou para ela quase a intimidou, mas Illyria não era daquelas que se abalava por causa do olhar que um cara lhe dava de cabo a rabo, não importava se ele era, oh, o Grande Supremo. Entretanto, ela sabia o que aquele olhar causava na sua irmã e em mocinhas bobinhas. Quando fez menção de responder às coisas que o rapaz dissera, Elle se espevitou e desandou a falar, defendendo a mais nova, fazendo Illyria sorrir de orgulho e algo mais.

– WOW! – Gritou a mais nova quando o Supremo puxou sua irmã para O beijo da vida dela. Illyria sabia o quanto a irmã ansiara por aquilo em silêncio, apesar de todas as negações da parte dela. Ela não conseguiu nem conter um sorriso, estava mais do que feliz pela irmã. Sua vontade era sair gritando e correndo pelo local, mas achou que devia esperar por algo mais, afinal, quando se tratava daqueles dois sempre havia um algo mais.

Os movimentos deles eram ritmados e mais uma vez Illyria assistia de camarote. Sua mente estava a milhão de felicidade por sua irmã, mas também temia pelos sentimentos dela, pois não sabia o lado de Christopher da história. “VOCÊS ESTÃO VENDO ISSO” era o que a menina queria gritar para as pessoas ali presente, mas seus olhos nem mesmo ousavam piscar, que diria sua boca abrir para estragar tamanho momento. Quando as bocas dos dois descolaram, mas seus corpos permaneceram unidos, Illyria deu um sorrisinho um tanto malicioso e mal via a hora de correr gritando.

Após o beijo cada palavra deles tinha um tom diferente para ela, e muito embora Illyria conhecesse a vida de várias formas, aquilo tudo era bastante novo para ela. Sabia que Elle lhe dissera alguma coisa e as palavras da mais velha com certeza ficariam na sua mente e a morena lembraria delas depois, mas naquele segundo ela estava tão maravilhada com tudo que não conseguiu abrir a boca nem para soltar uma risadinha baixa. Seus olhos brilhavam de felicidade pela irmã, e seu sorriso ia de orelha a orelha.

Illyria não poderia descrever, nem mesmo se quisesse, todas as emoções que passavam por ela naquele momento. Sua irmã mais velha estava derramando seu coração para o rapaz a sua frente, e Illyria era testemunha de tudo. Mas em algum momento, ela percebeu que quebraria sua irmã caso não fosse correspondida, e ela quebraria a cara de Christopher. Family above all, lembrou-se, e quando Elle finalmente chamou o Supremo para uma dança, Illyria colocou o dedo sobre a ponta do nariz do rapaz.

– Não pise no pé dela – disse a menina, em um tom leve de ameaça, e completou: – muito menos em seu coração, meu bom rapaz. Pouco me importa que você seja o, ó, Grande Supremo. Eu dou minha vida só para acabar com a sua se a irmã sair magoada dessa história. – E tirando o dedo do nariz dele, ela voltou-se para a irmã. – Te amo, Elle. Nos falamos depois.

Piscou para a mais velha e saiu correndo pelo local, e depois para fora dele. Seu “iha” explodia por todos os cantos do café, e depois pelas ruas nas quais passava.

– CARALHO! ALGUÉM VIU AQUELE BEIJO? – Perguntava gritando por onde passava, sem realmente falar com ninguém em particular. Illyria era uma criança, e amava o amor quase acima de todas as coisas. A única coisa que ganhava para o amor em seu coração era Elleanorah.

A única.


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Mensagem por Convidado Ter Mar 01, 2016 4:15 pm

feel the party night
Saiu do quarto mais pronta que nunca. O visual impecável contava com um vestido de cetim rodado, longo até a altura dos joelhos; a saia era vermelha, porém o corpete era inteiramente negro. Os saltos igualmente pretos deixavam-na um pouquinho mais alta. Os fios dourados de sua cabeça estavam presos em um coque elegante, porém a franja ainda lhe caía por sobre o rosto de forma charmosa. A maquiagem não era nada exagerada: Teresa era dotada de beleza natural.

Nos corredores dos dormitórios, já podia ouvir o som alto oriundo da festa nos andares de baixo. Apressou o passo, prevendo estar atrasada para a reunião de bruxos na Academia. Mordia o lábio inferior riscado de batom escarlate enquanto dirigia-se para o salão de festas, sendo abraçada cada vez mais pela melodia extasiante do jazz. Ah, como sua sede por farra estava grande. Havia quanto tempo não saía para aquele tipo de confraternização? Sorriu de leve, relembrando-se da última vez.

Ao chegar, foi completamente envolvida pelo jogo de luz que o âmbito proporcionava, em mescla à música boa que lhe caía tão bem à audição. Parou momentaneamente, correndo os olhos para os já presentes. Não iria aproximar-se de ninguém. Não os conhecia por ser nova ali. Era ótima em fazer amizades, contudo, naquela noite, só queria beber um pouco. Dirigiu-se automaticamente ao balcão, sentando-se em um dos bancos elevados. Inclinou o corpo para cima da bancada e apoiou-se no cotovelo, lançando um sorriso lascivo para o barman.

Olá — saudou, como quem não quer nada. — Uma vodka, por gentileza.


cause we're out of our minds
ROBB STARK


Última edição por Tessa Zsløv Dhwërricht em Ter Mar 01, 2016 8:02 pm, editado 1 vez(es)
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Ter Mar 01, 2016 6:25 pm



The barman
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Servindo bebidas de boas




Pouco tempo que a Saint Harris existia era muito se comparado ao meu tempo na academia de jovens para homens. Era quase engraçado esse acaso, mas as ironias não eram importantes nesse momento, porque hoje era a festa das duas academias por uma tradição do Homem do Machado. Não sei todos os fatos da história, mas era festa, teria um bar e portanto me ofereci nesse departamento.

Contudo, não era um serviço propriamente dito e por isso nenhuma roupa específica me foi cobrada, mas eu tinha bom senso mínimo nesse caso. Sendo provavelmente o único barman, vesti uma camisa branca, uma calça jeans e coturnos pretos sendo o básico comum da festa. Chegando um pouco mais pontual que os outros, já coloquei o avental para não sujar minha roupa e fui verificando as bebidas pra ter uma ideia quando fosse preparar.

A noite de trabalhos logo começou, se resumindo entre pedidos rápidos, alguns coquetéis, algumas conversas que pesquei e umas poucas bebidas simples. Sentia quase uma coceira pela roupa, geralmente usava só uma cueca brilhante e um colete no bar, estar vestindo uma roupa de verdade era raro. Voltei pra realidade com mais um pedido de bebida, puxei um copo de debaixo do balcão e o trouxe para mais perto pra ficar à vista.

Peguei a garrafa de vodka perto da minha cintura no espaço de garrafas, preenchi o copo médio até quase a metade. Retornei a garrafa pro espaço dela, virei para trás e peguei com uma colher especifica de gelo um pouco dele. Levei a colher para o copo de metal e derrubei um pouco ali dentro até completar mais o copo. Devolvi a colher de gelo pro balde atrás do balcão, travei o copo com a tampa e sacudi o mesmo até ouvir um barulho diferente do gelo.

Parei de sacudir o copo, destravei o mesmo e peguei um copo de plástico debaixo do balcão, despejei a vodka com gelo no copo, coloquei um canudo com saquinho do lado e empurrei de leve para a garota. Levantei rapidamente o olhar enquanto entregava a bebida e tentando soar simpático com um sorriso pra não parecer má vontade em servir a bebida: - Boa noite e boa festa.


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Mensagem por Convidado Qua Mar 02, 2016 11:07 am


i'm searching for something

I don't like them inoccent, i don't want no face flash

Meus olhos percorreram o lado de fora da grande janela de vidro que tinha na sala, minha boca recebendo o quente frescor do chá que eu tomava. Era New Orleans e estávamos no inverno, o que fazia um sorriso brotar em meu rosto. Eu nunca gostei das meias estações, como outono e primavera. Eu simplesmente não as entendia. Mas o paraíso para mim era o inverno, que me lembrava da Rússia, e o verão, que me lembrava de Bali.O último gole no líquido quente fez minha garganta esquentar por completo, o frio saindo de mim enquanto meu casaco mantinha a temperatura em meu corpo. Mesmo nessas épocas, eu gostava de deixar o aquecedor central desligado. Meu celular tocou na mesa da sala e eu corri até ele, abrindo um sorriso ao ver o nome da minha amiga em sua tela. Deslizei o botão para atender a chamada e me joguei no sofá, apoiando a cabeça em seu braço e colocando as pernas em cima dele.

-Fala minha vadia. -A voz animada de Mou soou do outro lado da linha e eu revirei os olhos com um sorriso estampado no rosto. Eu tinha conhecido a loira em uma de minhas viagens pelo mundo, e desde então, nunca perdemos o contato. -Certo. Eu tenho maquiagem aqui, não se preocupe com isso. Sim, Mou, eu tenho sombra preta. Ok, até daqui a pouco.

Eu não entendia bem a minha relação com Moumnds. Quer dizer, eu sabia até o dia em que estávamos bêbadas demais e acabamos nos beijando. Era algo que, na hora, eu não tinha sentido nada. Mas quando a ressaca finalmente bateu e as memórias de mais uma noite em Bali voltaram, meu coração se apertou por um minuto. Por um lado, eu queria falar sobre isso com a loira, por outro, eu nunca mais queria falar daquela noite, e a segunda opção foi exatamente a que eu escolhi. Depois de quarenta minutos mexendo em meu celular para acabar com o tédio, a campainha soou pelo meu apartamento e eu corri com uma colher de doce até a porta, abrindo um largo sorriso para ela.

-Achei que tinha desistido da festa e eu teria que ir sozinha.

Dei um beijo na bochecha da minha amiga enquanto ela se deixava entrar em minha casa. Era uma coisa que eu não estranhava mais, ela sabia onde a chave escondida estava, e também entrava a hora que quisesse em meu apartamento. Depois de três anos de amizade e um teto para eu morar quando cheguei em New Orleans, privacidade não era muito algo que estava em nossos dicionários pessoais.

***

-Vamos logo, nunca vi uma pessoa para demorar tanto para se arrumar.

Revirei os olhos e terminei de dar o laço em meu sapato de salto. Levantei abrindo um sorriso, arrumando a barra do meu vestido e suas mangas, me olhando no espelho de corpo inteiro. Virei de lado e passei a mão sobre a minha barriga, deixando os fios ruivos caírem para a frente, enquanto eu observava meus olhos com sombras escuras e o batom marrom em minha boca. É, dava para o gasto. Olhei para a loira e pisquei para ela, pegando a chave em cima da minha mesa e dando de ombros. Peguei a jaqueta de couro e coloquei sobre o vestido, enquanto saíamos porta a fora para a festa que Mou tinha me convidado.

Estacionei o carro na esquina do lugar que tinha uns holofotes mexendo de um lado para o outro. Desci do carro em um pulinho e arrumei o vestido, o puxando levemente para baixo e fui para a calçada ao lado de minha amiga, colocando o braço em seu ombro e a puxando para perto de mim. Peguei o celular em minha mão e abri a câmera, apontando para nós. Abri um sorriso que imitava o de Mou e tirei uma foto, logo em seguida tirando outra com a língua para fora. Aquilo bastava. Entrelacei minha mão na da menina e me enfiei em meio à multidão. Eu não queria me perder dela agora, e sabia que em alguma hora da noite, acabaríamos uma para cada lado, e eu queria garantir pelo menos uma tequila com ela. Olhei para a garota do outro lado do bar e lhe ofereci o melhor do meu sorriso, jogando o cabelo para trás e apoiando os cotovelos na bancada.

-Dois whiskys, por favor.




i like the sad eyes, bad guys, Mouth full of white lies
kiss me on the corridor but quick to tell me goodbye
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Mensagem por Convidado Qua Mar 02, 2016 4:01 pm

Something from nothing
O sorriso era expansivo e despreocupado, talvez um tanto atrevido. Os olhos, astuciosos, carregavam um brilho selvagem de determinação. Havia uma aura confiante no semblante exuberante do rapaz. Pairando adiante do amplo espelho do quarto, Edgar fazia projeções para aquela noite; seus pensamentos fervilhavam de otimismo, pois sentia que a aclamada ocasião prestes a dirigir-se lhe concederia belos instantes de satisfação. E a razão para tudo isso resumia-se no fato de que, no referido evento, um verdadeiro enxame de bruxos iria convergir num único ambiente, facilitando, e muito, sua incumbência de aniquilar a maior parcela possível de indivíduos ligados a feitiços e todas essas coisas extravagantes das quais ele preferia manter-se leigo. Atuando como caçador há anos, jamais se deparara com melhor momento para pôr em prática suas eficientes habilidades.

Trajando vestes devidamente dignas para um festival de tamanha relevância — uma acinzentada camisa social slim, complementada pela calça jeans de aspecto ligeiramente informal, embora agradável, e, por último, sapatos sociais pretos e lustrosos —, o austero Edgar deixou a residência na qual vivia e permitiu-se uma caminhada até o epicentro do festival — o French Quarter —, não muito longe de onde encontrava-se. Um percurso a pé lhe faria bem; poderia focalizar os anseios e preservar a cautela antes de assomar no lugar. Alguns poucos minutos de marcha, aliás, foram o necessário para levá-lo ali. Ao introduzir-se de fato no evento do Homem do Machado, assumiu uma postura comedida, forçando-se a preservar a inabalável prudência. Seu olhar, avaliativo, rondou em volta, tentando absorver as minúcias do local. Havia uma profusão de pessoas, ele percebeu, o que era bom; a música alta, que preenchia-lhe os ouvidos com o ritmo inconfundível do jazz, também serviria de alguma forma, pois tinha a capacidade de distrair os mais atentos. O panorama perfeito, afinal.

Ele lançou-se adiante, percorrendo decidido por entre o mar de gente a passos desapressados, vencendo gradativamente a distância até o balcão do bar. Uma tarefa árdua; no entanto, quando enfim alcançou o tão desejado destino, postou-se de forma descontraída em um dos poucos assentos disponíveis, particularmente próximo a uma jovem de fisionomia elegante e traços corporais igualmente cativantes. Pela periferia da visão, fitou-a por alguns breves segundos, contemplando a beleza extravagante antes de retomar a própria abstração e direcionar a atenção ao barman. — Uma dose de uísque — ordenou, a voz repleta de um tom autoritário, impaciente —, e sem gelo, não esqueça. — Feito o pedido, o semblante obstinado então voltou-se parcialmente para a garota adjacente. Edgar sentiu-se tentado em dizer-lhe algumas palavras, contudo descobriu-se desprovido de qualquer argumento plausível. Obrigou-se a pensar, avaliando as palavras a serem proferidas. Por fim, enunciou: — Vodka? É incomum ver uma cidadã de aparência tão delicada se deliciar com uma bebida de aspecto... forte, eu diria.

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Mensagem por Convidado Qua Mar 02, 2016 5:26 pm




lucky ones




Every now and then the stars align, boy and girl meet by the great design. Could it be that you and me are the lucky ones?
Permitiu que, por um momento, a atenção vagueasse para além, não mais prestando tanta atenção à música incessante que locupletava o âmbito ao seu redor, nem na movimentação próxima a si. Por vezes aquilo acontecia, quando havia uma concentração muito grande de pessoas no mesmo recinto que a garota ocupava. Alguma síndrome não detectada, talvez. Não seria de se estranhar que Charlotte tivesse algum problema do tipo. Enquanto aguardava o retorno do barman, que displicentemente se retirara para os fundos do bar, a fim de trazer-lhe a bebida almejada, ela tamborilava os dedos sobre o balcão de forma compassada e extremamente simétrica. A expressão impassível era fruto de uma divagação um tanto neurótica, porém que não deixava de ser verdadeira. Havia perigo? Perigo de estar ali, desprotegida, em meio a tantos bruxos e bruxas. Certamente a confraternização não era nem um pouco secreta, o que a levava divagar sobre caçadores de bruxas. Facilmente qualquer um deles poderia se infiltrar ali com facilidade e começar um massacre. Você está sendo um pouco maluca demais, Charlie, era o que Abby diria caso pudesse ouvir os pensamentos da irmã, como sempre fazia por meio de sua telepatia. Afinal, era uma oportunidade de se divertir, e ela deveria fazer isso.

Obrigada — disse ao notar que um copo havia sido posto frente a ela, cujo conteúdo era obviamente a bebida forte que havia pedido. Lançou um sorriso agradecido para o barman antes que ele se afastasse, mas este sumiu logo em seguida. Envolveu o objeto com a mão, sentindo o contato gélido do vidro contra sua palma sensível, e levou o copo à boca. Sorveu uma pequena quantidade da vodka apenas para acostumar o paladar ao gosto forte que ela tinha, uma vez que não era sempre que experimentava de tais. A garganta ardeu com o toque bruto da vodka, extraindo de Charlotte uma careta rápida.

Quase não notou a aproximação alheia. De viés e com um pouco de dificuldade, fitou a silhueta do homem que havia sentado-se ao seu lado. Apenas ouviu seu tom de voz grave e firme, pedindo uma bebida tão forte quanto a que a morena havia pedido. Ergueu a mão até o rosto para prender a mecha de cabelo da franja atrás da orelha, o que seria apenas uma desculpa para inclinar um pouco a cabeça para o lado a fim de fitá-lo de uma forma mais direta, e que lhe proporcionasse um ponto para análise mais claro. Ele lhe parecia charmoso e elegante de um jeito casual, até aquele momento, e seu semblante, ao seu ponto de vista, era o de uma pessoa gentil e simpática. Entretanto não ousou contato, apenas voltando à postura original em seguida. Apenas seu comentário fê-la voltar-se novamente para ele, desta vez muito mais diretamente. Virou praticamente o tronco todo para encará-lo de frente.

Bom... — começou, o tom doce de voz um pouco desastrado de início. Nem ela mesma sabia o motivo de estar ali, tomando vodka, conversando com um estranho. — Às vezes as mocinhas precisam beber também. — Lottie respondeu, por fim. Um dar de ombros se seguiu àquilo, e ela levou novamente a borda do copo aos lábios, sorvendo outro bocado da bebida, desta vez de forma muito mais generosa do que a anterior. Outra vez, o sabor forte lhe arrancou um franzir de cenho.




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Mensagem por Convidado Qua Mar 02, 2016 11:49 pm

Something from nothing
A lacuna de tempo entre as primeiras palavras proferidas e a reação da jovem em questão tornou-se para Edgar o momento de maior impaciência até então. Ele sentia-se estranhamente aflito, perguntando-se em silêncio se teria de fato agido de maneira precipitada. Nunca se sabe, afinal, como uma pessoa vai lidar diante de um estranho cuja presença simplesmente manifestara-se de súbito, servindo-se de uísque desde o início do diálogo. Ainda assim, ele manteve-se firme, resoluto, o par de olhos — profundamente azuis e sempre tão enigmáticos — determinados a apreciar o que a garota adiante tinha a oferecer em termos de exuberância. Havia um diferencial nela, ele pôde constatar; uma série de dotes vistosos capaz de angariar a atenção dos sujeitos mais impassíveis do evento.

Quando ela enfim passou a expressar-se — de uma maneira surpreendentemente tímida porém fascinante —, as feições do moreno desfizeram-se do aspecto apreensivo e tornaram-se atentadas, dando vida a um semblante absorto, quase solícito enquanto o rapaz a fitava. Ela mostrou-se precisa na declaração, reduzindo-a a ponto de soar bastante direta. Edgar não incomodou-se, e tampouco pôde deixar de conter o meio-sorriso que, discretamente, delineou-se nos cantos dos seus lábios. Após ouvi-la, assentiu com a cabeça em gestos vagarosos, no intuito de comprová-la o quanto concordara, e prestes a replicá-la, viu-se interrompido pelo barman, que prontamente pousou a taça de uísque sobre o balcão.

Antes de prosseguir, ele valeu-se de um generoso gole na bebida, apreciando a sensação ardorosa tomando-lhe o interior da boca. Inspirou pesadamente, e finalmente retomou a conversa: — Sim, sim... É um fato. Não quis ofendê-la, senhorita. — Nessa hora Edgar ergueu ambas as palmas, abertas, na altura dos ombros, simulando um irônico gesto de resignação. — Confesso que não consegui formular nada mais interessante para lhe falar a princípio. — Um riso breve e entrecortado escapou-lhe. Agora percebia como aquilo havia soado deprimente. — Bem, de qualquer forma, tarde demais para retroceder, certo? — Sorrindo, limpou a garganta com um pigarro e estendeu-lhe uma das mãos. — Me chamo Edgar, a propósito. Edgar Howard. Você é...? — Achava que, àquela altura, os dois haviam ultrapassado a típica barreira do primeiro contato, e estavam prontos para conduzir a interação com maior naturalidade, apresentando-se, demonstrando um lado menos reservado de si mesmos.
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[EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz Empty Re: [EVENTO] The Fête De Cadeau And The Jazz

Mensagem por Convidado Qui Mar 03, 2016 11:49 am



The barman
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Servindo bebidas de boas




Serviço precisava ser rápido e sem bagunça, então logo após a garota, já lavei o copo de metal com um pouco de gelo batido ali e já deixei ali pronto para um novo coquetel que pedissem. Mal acabei de lavar o copo e já me pediram outra coisa. Dessa vez não era coquetel e enquanto puxava um copo baixo e mais largo, me lembrei que eu ainda não conhecia o Supremo da academia, só falei com professores e soube de certas regras.

Peguei a garrafa de whisky que era mais quadrada que algumas outras ali perto, e deixei a garrafa sobre o balcão. Virei para a outra bancada do bar e peguei com a colher algumas pedras de gelo mais formadas, já retornando para o balcão normal. Dividi os gelos nos dois copos, deixei a colher de lado e derramei a bebida nos dois copos até quase a boca, como uma medida geral dos copos.

Retornei a garrafa pro lugar e subi os dois copos juntos e empurrei com calma pelo balcão para a ruiva. Em seguida viera um cosplay da imagem do salvador cristão, evitei transparecer qualquer emoção, mas arqueei as sobrancelhas logo após ele falar sem gelo. Esperava que fosse uma impressão errada do certo que eu realmente tive. Era incomum pedirem sem gelo e no automático puxei um copo largo e baixo de debaixo do balcão, peguei a garrafa na beirada e preenchi o copo com a quantidade normal.

Devolvi a garrafa pro lugar e subi o copo já empurrando de leve para o barbudo. Ouvi mais pedidos mais para o lado e me afastei do homem e a garota da vodka de antes. Segui com os procedimentos de sex and the beach e ice mint. Logo que terminei de bater e arrumar os guarda chuvas na lateral, subi as bebidas para o balcão e coloquei dois canudos do lado. Novamente voltei para perto do uísque sem gelo e vodka esperando novos pedidos e algum pedido menos chato.


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